segunda-feira, 29 de junho de 2009

Tema: Relacionamentos e responsabilidades - João 15:1-11





Mensagem ministrada em 28 de junho de 2009 na Igreja Assembléia de Deus – Ministério de Madureira – Campo do Brás na Penha – Pr. Islei Santos (Teólogo, Mestrando em Novo Testamento pelo Seminário Teológico Batista Nacional de São Paulo, Professor de Teologia, Conferencista e Escritor).

Introdução:
Esta é sétima e última declaração de “Eu Sou” feita por Cristo conforme o registro do Evangelho de Jesus.
O cultivo dos vinhedos era uma atividade importante para a vida e a economia de Israel. O templo de Herodes era decorado como uma videira de ouro.
Ao usar essa metáfora, Jesus recorreu a uma imagem que todos os judeus conheciam bem. Essa representação simbólica apresenta elementos que é preciso compreender, a fim de tirar proveito dos ensinamentos de Cristo nesta passagem.

1) A videira
Há três tipos de videira nas Escrituras:
A videira do passado: refere-se a Israel como nação (Sl 80:8,19; Is 5:1-7; Jr 2:21; Ez 19: 19:10-14 e Os 10:1). Mas a videira produziu uvas bravas! Ao invés de praticar justiça, praticou a opressão; ao invés de produzir retidão, produziu iniqüidade e clamores de aflições de suas vítimas.

A videira do futuro: a “videira da terra”, em Apocalipse 14:14-20. Refere-se ao sistema do mundo gentio, amadurecendo para o julgamento de Deus. Os cristãos são ramos da “videira do céu”, mas os incrédulos são ramos da “videira da terra”. A “videira da terra” será cortada e destruída quando Jesus Cristo voltar.

A videira do presente: é nosso Senhor Jesus Cristo, e inclui, obviamente, seus ramos. Ele é a “Videira Verdadeira”, ou seja, “a original, da qual todas as outras videiras são cópias”.
Como cristãos, não vivemos de substitutos! O simbolismo da videira e dos ramos é semelhante àquela da Cabeça e do corpo; temos um relacionamento vivo com Cristo e pertencemos a Ele.
Nossa união com Cristo é uma união viva, por isso podemos dar frutos; é uma união afetuosa, por isso podemos desfrutar nosso relacionamento com ele; é também uma união duradoura, por isso não precisamos temer.

2) Os ramos
Sozinho, um ramo é frágil e imprestável, servindo apenas para ser queimado (Ez 15). O ramo não é capaz de gerar a própria vida; antes, deve retirá-la da videira.
É nossa comunhão com Cristo, por meio do Espírito Santo, que nos permite dar frutos. Muitas imagens de Cristo e dos cristãos apresentadas nas Escrituras enfatizam esse conceito importante de união e comunhão: o corpo e seus membros (1ª Co 12), a noiva e o Noivo (Ef 5:25-33), as ovelhas e o Pastor (Jo 10).
Um membro que é separado do corpo morre. O casamento cria uma união, mas exige amor e devoção diários para manter a comunhão. O pastor traz as ovelhas para o rebanho, mas as ovelhas devem seguir o pastor, a fim de receber proteção e provisão.
Quando descobrimos que somos apenas ramos, melhor será nosso relacionamento com o Senhor, pois veremos nossas fraquezas e confessaremos que necessitamos de sua força.
A palavra-chave é permanecer, usada onze vezes em João 15:1-11. Permanecer significa manter a comunhão com Cristo de modo que trabalhe em nossa vida e por meio dela, a fim de produzirmos frutos.
Sem dúvida, inclui a Palavra de Deus e a confissão dos pecados, a fim de que nada sirva de empecilhos para essa comunhão com o Senhor (Jo 15:3). Também inclui a obediência a ele porque o amamos (Jo 15:9-10).
Permanecer em Cristo exige ADORAÇÃO, MEDITAÇÃO NA PALAVRA DE DEUS, ORAÇÃO, SACRIFÍCIO E SERVIÇO, - mas é uma grande alegria.
Uma vez que começamos a cultivar essa comunhão mais profunda com Deus, não temos desejo algum de voltar à vida superficial do cristão indiferente.
3) O agricultor
A responsabilidade do agricultor é cuidar das videiras, e, de acordo com Jesus, esse é o trabalho do Pai.
É ele quem limpa ou poda os ramos para que possam produzir mais frutos. Observe a progressão: nenhum fruto (Jo 15:2), fruto, mais fruto, muito fruto (Jo 15:5,8).
Muitos cristãos pedem a Deus que possam dar mais frutos, mas não gostam do processo necessário da poda pelo qual devem passar em resposta a essa oração.
O viticultor poda os ramos de duas maneiras: corta a madeira morta que pode servir para a proliferação de doenças e de insetos e remove partes ainda vivas, para que a vitalidade da planta não se dissipe, comprometendo a qualidade dos frutos.
Na verdade, o viticultor remove cachos inteiros de uvas para que o resto da colheita seja de qualidade superior. Deus quer quantidade e qualidade.
O processo da poda é a parte mais importante do cultivo, e os que cuidam disso devem ser devidamente treinados, pois se não forem habilidosos, podem destruir uma colheita inteira.
Em alguns vinhedos, os “podadores” passam por treinamentos que duram de dois a três anos, durante os quais aprendem exatamente onde cortar, quando cortar e até o ângulo exato dos cortes.
Pelo do fato de nos amar, Deus nos “poda” e nos estimula a dar mais frutos para sua glória.
O momento em que nosso Pai celeste mais se aproxima de nós é quando está nos podando. Por vezes, remove madeira morta que pode causar problemas; mas, com freqüência, corta fora partes ainda vivas que estão nos privando de vigor espiritual.
De que maneira o Pai nos poda? Por vezes, simplesmente usa a Palavra para nos convencer de nosso pecado e nos purificar. Em outras ocasiões, precisa nos disciplinar. A dor é grande quando remove algo que consideramos precioso; mas à medida que a “colheita espiritual” é produzida, vemos que o Pai sabia o que estava fazendo.
Quanto mais permanecemos em Cristo, mais frutos produzimos, e quanto mais frutos produzimos, mais o Pai nos poda para que a qualidade mantenha-se no mesmo nível que a quantidade.
4) Os frutos
A palavra resultados aparece com freqüência nas conversas entre obreiros cristãos. Uma máquina ou um robô pode dar resultados, mas é preciso haver um organismo vivo para produzir frutos.
Essa produção exige tempo e cultivo; uma boa colheita não aparece de um dia para noite!
É preciso lembrar que os frutos não são consumidos pelos ramos, mas sim aproveitados por outros.
Não se devem produzir frutos para agradar a si mesmos, mas para servir aos outros.
Devemos ser o tipo de pessoas que “alimenta” os semelhantes com nossas palavras e com nossas obras. “Os lábios do justo apascentam a muitos” (Pv 10:21).
Um verdadeiro ramo ligado à vinha sempre dará frutos. Onde há vida sempre há frutos.
Conclusão:
Como ramos da Videira, temos o privilégio de permanecer em Cristo e a responsabilidade de dar frutos.

Referência bibliográfica
Warren W. Wiersbe. Novo Testamento 1. P. 457-460. Central Gospel.

Nome: Islei do Santos.
Assembléia de Deus da Penha
Campo do Brás - Ministério de Madureira
Rua Senador Godoi, 457 – Penha - São Paulo
www.isleisantos.blog.terra.com.br

2 comentários:

Marcello de Oliveira disse...

SHALOM!

1. Uma grande alegria conhecer seu blog. Que o Deus Eterno levante o rosto Dele sobre ti!

Deixo - Colossenses 3.16

Em Cristo, Pr Marcello

Visite:

http://davarelohim.blogspot.com/ e veja o texto:

A excelência do Evangelho de Lucas

Mensageiros do Rei disse...

Obrigado pelo comentario amado Irmão em Cristo...

Obrigado pelo versiculo deixado a nois tambem...

DEUS lhe abençõe...